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sábado, 10 de maio de 2014

Política e moda: A Gravata Vermelha de Aécio

Política e moda sempre foram como “amantes”, estão sempre unidos, mas escondidos.

São poucos, de ambos os mundos que assumem, mas é fato. Qualquer pessoa pode prestas atenção e perceber como um depende do outro.

Eu poderia escrever um post gigantesco descrevendo inúmeras situações, citando políticos, fatos, cores, estilos e texturas, mas hoje vou tentar me concentrar em um fato,que chegou a me confundir ontem à noite.

Ao mudar de canal, para assistir a entrevista com o já anunciado candidato a presidência da República Aécio Neves - PSDB, no “Canal Livre” da Band o primeiro fato que me chamou a atenção foi a sua gravata VERMELHA.

Gravata que praticamente alavancou em 2002, o então candidato a República Luís Inácio da Silva para o palácio da Alvorada.

Pessoas, da minha faixa etária (28 anos) para cima, se lembra de Lula desde sua luta nas “Diretas Já”, até as eleições de 2002, como um senhor barbado, (mal) vestido de vermelho, com um português de aterrorizar qualquer um.

Mas eis que em 2002 o Sr. Luis Inácio Lula da Silva, apareceu frente ao público com seu impecável terno Ricardo Almeida, barba feita e UMA GRAVATA VERMELHA.

Até a crise do PT, que teve início em 2005, com o escândalo do mensalão, Lula sempre que aparecia em público, vestia uma gravata vermelha. Era algo tão importante para a sua imagem pública, que com a crise, a gravata vermelha perdeu espaço para uma grande gama de cores, mas ontem, quem a vestiu foi o Aécio.

A primeira coisa que pensei foi se ele estava sem um (bom) assessor de imagem, depois o questionamento passou a ser mais profundo... Quer o futuro candidato se misturar com a imagem petista? Ou ele realmente tem um bom assessor de imagem, e a intenção era realmente essa, confundir?

Hoje pela manhã, conversando com minha mãe, ela me lembrou da bandeira do estado de Minas Gerais, que é branca e vermelha, com os dizeres em preto. Mas se Minas, supostamente, o pré-candidato já tem nas palmas das mãos, não seria melhor uma gravata verde, azul ou mesmo um amarelo mais escuro?

A escritora espanhola Patrycia Centeno, escreveu em seu livro “Política e Moda” (o qual não posso recomendar, pois ainda não li): “A moda é uma linguagem, e a política é comunicação”, assim que, na madrugada do domingo para a segunda, o Aécio conseguiu confundir a minha cabeça, usando uma linguagem diferente a sua suposta comunicação.

Será a gravata vermelha, os novos sapatinhos de Dorothy em o Mágico de Oz, que o impulsionará até um grande castelo cheio de poder, onde todos seus desejos podem se realizar? Inclusive se tornar humano e ganhar um coração?

Ou alguém me explica, ou eu continuo achando que ele deve apostar em outra gama de cores para as próximas aparições!

Candidato a Presidente da República Aécio Neves - PSDB, no “Canal Livre” da Band

Ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva

terça-feira, 22 de abril de 2014

Hassan Hajjaj

Hassan Hajjaj

Há alguns meses atrás navegando pela internet, conheci o trabalho deste artista, Hassan Hajjaj, e tive o prazer de via facebook trocar algumas palavras, na verdade, elogios da minha parte para com a sua arte.

Seu trabalho representa uma crítica a sociedade tanto ocidental quanto oriental, representada a traves de fotografia, moda e artes plásticas.

Nascido na cidade de Larache, Marrocos em 1961, se mudou para Londres muito jovem aonde teve contato com o hip-hop, reggae, e a vida noturna londrina, que o influenciou artisticamente junto com a sua herança do norte da África.

No final dos anos 80, ele começou a fotografar em estúdio os seus amigos, músicos, artistas e pessoas desconhecidas usando roupas desenhadas por ele.  Uma combinação de fotografia de moda contemporânea e pop art, fez com que seu trabalho chamasse atenção da mídia e público, impulsionando uma reflexão das influencias e tradição da interpretação das marcas e seus efeitos no capitalismo global.

Desde então, Hajjaj expôs suas obras em diversas galerias pelo mundo, e recebeu vários prêmios.

Aos 53 anos de idade, apresentou sua série chamada “Kesh Angels”, a qual chamou a minha atenção para o seu trabalho.

Segundo o artista, a idéia para essa série começou, quando ele tinha 20 e poucos anos e voltou para o seu país, Marrocos, para trabalhar como assistente de fotógrafo em uma revista de moda.

Ao chegar em Marrocos, o fotografo se sentiu frustrado, ao ver que sua terra natal era usada apenas como cenário para fotografias de moda ocidental, e isso o impulsionou a trabalhar seu país como tema principal em seu trabalho.

Nas fotos, as modelos (muitas amigas do artista e não profissionais), vestem a vestimenta tradicional do país, mas criada com tecidos modernos, e alguns com logos de marcas importantes, principalmente na cultura ocidental.

Seu cenário é composto com móveis feito pelo próprio artista a través de materiais reciclados. Motocicletas são usadas na maioria das fotos, pois segundo Hajjaj, o transito em Marrocos é muito complicado, e a motocicleta é usada pela maioria da população, fazendo parte da cultura atual do país.

As molduras de suas fotos foram criadas com objetos que ele achava no mercado, como latas de refrigerantes, peças de Lego, latas ou caixas de caldo de galinha,... a sua proposta era usar a repetição dos rótulos em um contexto humorístico, mas também para criar padrões repetitivos que evocasse os mosaicos de Marrocos e um contexto moderno.

Seu trabalho é mais uma prova de que arte, cultura, moda e política fazem parte de uma mesma teia, aonde juntas representam o comportamento social atual.


Logo a baixo coloco algumas imagens de seu trabalho, todas retiradas da internet.

Kesh Angels, 2010/1431, Edition of 7, Metallic Lambda Print on 3mm White Dibond, 39.8h x 54.17w in / 101h x 137.6w cm
M., 2010/1431, Metallic Lambda on 3 mm white Dibond, edition of 7, 52.36 x 36.85 in / 133 x 93.6 cm
Love Maroc, 2010/1431, Edition of 7, C-Type on Fuji Crystal, 39.98h x 52.28 in / 99h x 132.8w cm

Ilham, 2000 - 2007, Edition of 7, Digital C -Print, 36.8h x 51.8w in / 93.5h x 131.6w cm


Hamid and Peace (Lovers), 2000/1421, Giclee Print with Acrylic Painted Tire Frame, 24h x 18w in / 61h x 45.7w cm

LV  Posse, 2010/1431, Edition of 5, C-Type Print mounted to Dibond with Subframe, 39h x 53w in / 99.1h x 134.6w cm
Hamid's Back, 2006, C-Print on Paper, edition of 7, 53.5 x 41. 33 inches /135.9 x 105 cm
Dotted Peace, 2000, C-Print on Paper, edition of 7, 53.5 x 41.33 in / 135.9 x 105 cm
Hassan Hajjaj 'Kesh Angels Installation View

Feet Ball, 2006, C-print on Paper, edition of 10, 33.07 x 42.9 in / 84 x 109 cm








segunda-feira, 21 de abril de 2014

Vogue Online Shopping Night



Pasmem com essa notícia!  VogueOnline Shopping Night, ou seja, Noite de Compras Online da Vogue Austrália!!

Nunca participei de nenhuma, mas segundo a página oficial do evento no facebook, eles o descrevem como um evento exclusivo, por ser apenas por uma noite.

O evento acontece no dia 30 de abril, das 24:00 às 12:00 (horário da Austrália), ou seja, das 13:00 às 01:00 no Brasil, segundo o site Hora Certa, mas se estiver errado me corrijam please.

Durante essas horas, segundo a organização do evento, você poderá comprar as suas marcar favoritas, com descontos exclusivos.

Independente de comprar ou não, acho interessante participar deste evento, e ver por algumas horas, como irá funcionar esse “Black Friday fora de época by Vogue”, além da imensa curiosidade de saber a respeito desses descontos e marcas ;)

Você também pode obter mais informações no site do evento clicando aqui.


Agora é só anotar na agenda, e esperar para ver! Que os seres de luz cuidem dos cartões de crédito nesse dia!!!

KENZO - MARCA E CRIADOR


Kenzo Takada

Kenzo Takada nasceu na cidade de Himeji - Japão, no ano de 1939 e estudou na escola de moda Bunka em Tókio. Começou sua vida profissional realizando trabalhos de moda para uma grande loja da capital nipônica.

O estilista lembra desta etapa da sua vida como uma época muito dura e difícil, já que sua família se opunha a sua decisão de se dedicar ao desenho de moda por estar mal visto que um homem estudasse costura.
A meados dos anos sessenta, se mudou a Paris, aonde começou criando desenhos alguns estilistas e para grandes lojas. Cinco anos depois da sua chegada, abriu sua própria boutique chamada “Jungle Jap”, na famosa galeria Vivienne em París.
Suas criações tiveram exito instantâneo e ganharão a capa da revista ELLE.
Etiqueta Jungle Jap
Criou sua primeira coleção com base em algodão japonês e cores vivas. Desde então, impôs seu célebre estilo “camponês sofisticado” , com grandes doses de refinamento e imaginação. Ali começou a “prémiere” do seu império conhecido no mundo inteiro.
Em 1970 já tinha aberto a primeira boutique em Paris, aonde exibia uma coleção com roupas folclóricas, colorida e muito pouco convencional. Com este estilo, conquistou a juventude, já que em suas roupas era possível encontrar uma maneira de se expressar e de ter atitude.

Kenzo soube combinar o simples e tradicional corte do quimono, com origem em seu país, com elementos típicos da América Latina, Oriente e Escandinávia.
Depois de triunfar na capital francesa, em 1976 foi reconhecido em seu país, recebendo o prêmio dos editores de moda do “Club of Japan”.
Em 1983 começou a desenhar roupas para homens e abriu sua primeira loja masculina na Avenida Madison em Nova York.

No dia 19 de novembro de 1984, recebeu das mãos do Ministro de Cultural francês o título de Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras, tendo alcançado sua fama igualmente tanto em seu país natal como em seu país adotivo.
Considerado pelo estilista o desfile mais emocionante de sua carreira, em 1990 mostrou mais de 400 modelos em um castelo japonês para cerca de 20.000 pessoas.
A principal característica do estilo Kenzo, é a mistura de cores intensas e estampas, formas assimétricas, e sobretudo desenhos de grandes dimensões florais. O estilista tem a sua preferencia por tons vivos, fortes, alegre e sobretudo a gama dos verdes, amarelos e azuis.


“Como faz falta a cor na vida, eu coloco em meus vestidos” conta o estilita.

Sua irrupção na moda parisiana marcou um quebre, pois naquele tempo o que imperava no mundo da moda era o corte clássico, e Kenzo chegou com um estilo marcado pela fantasia e a liberdade de formas e cores.

Como amante da natureza, soube plasmar a beleza de enormes flores em suas roupas ( o que o caracteriza ), com cores explosivas e muito trabalho de criatividade ganhou um importante lugar na indústria da moda.
O poderoso grupo francês LVMH ( Louis Vuitton y Moët Hennessy), que é o maior conglomerado de fabricantes de bens de luxo do mundo, adquiriu a marca Kenzo em 1993.

      Fazem parte deste grupo Louis Vuitton, Dior, Zenith, Veuve Clicquot entre outras marcas de luxo prestigiosas tanto na indústria vinícola, relojoalheria e da moda.
      Em 1999, pouco antes de fazer 60 anos de idade, o estilista de despediu das passarelas, e em 2003 o italiano Antonio Marras assumiu o comando da direção criativa da marca Kenzo.

Inicialmente, Antonio Marras se converte no diretor artístico da linha KENZO Women, dando uma nova vida a marca, mantendo suas origens e lançando a renovação do conceito.

Em setembro de 2008, é nomeado chefe de direção artística de todas linhas da marca KENZO, e gestiona a partir de então as linhas prêt-à-porter feminina e masculina, acessórios, assim como as linhas KENZO Maison e KENZO Kids.

Antonio Marras desenvolve para KENZO um mundo rico, poético e feito de uma diversidade de influencias e fusão entre a moda e outras formas de arte. Inspirado nas artesanias, objetos simbólicos e culturais inventa uma linguagem contemporânea, criaando roupas que contam histórias para as mulheres que amam a liberdade e autenticidade e buscam a originalidade.

O estilo Kenzo somou a arte em suas criações, tendo-a como inspiração junto com a influência de distintas culturas (sobretudo com a fusão entre tradição oriental e sofisticação francesa) para criar um estilo cosmopolita e atemporal.

Outra peculiaridade de suas peças, tem sido as formas assimétricas, tendo como objetivo buscar de forma intensa “criar formas não estruturadas”.

Mesmo depois de se aposentar em 1999, reapareceu em 2005 como design de interiores, apresentando “Gokan Kobo”, uma linha de roupa de cama, objetos de decoração e móveis.

Em relação a linha de perfumes KENZO, desde 1988 os lançamentos foram de quase um por ano (Kenzo Homme, Parfum dété, Kashaya, Leau, Jungle…) sendo na sua maioria sucesso internacional.


No mês de julho de 2011, depois da saída de Antonio Marras da direção criativa, o grupo LVMH contratou os estilistas Humberto León e Carol Lim para dar continuidade ao espírito da marca.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Tendência e Moda – Como funcionam


Segundo o dicionário Michaelis:
tendência
ten.dên.cia
sf (lat tendentia) 1 Disposição natural e instintiva; pendor, propensão, inclinação, vocação. 2 Psicol Forma espontânea da atividade. 3 Força que determina o movimento de um objeto. 4 Disposição do temperamento, do modo de ser, psíquico ou fisiológico. 5 Meteor Índice da pressão atmosférica, válido para três horas subsequentes à observação. T. disgenética, Sociol: mudança que implica deterioração das qualidades hereditárias de uma população. T. eugênica, Sociol: mudança, para melhor, das qualidades hereditárias de uma população. T. suburbana, Sociol: fuga da população das grandes cidades, das áreas congestionadas, para formar, nas adjacências, comunidades menores.

moda
mo.da
sf (fr mode) 1 Uso corrente. 2 Forma atual do vestuário. 3 Fantasia, gosto ou maneira como cada um faz as coisas. 4 Cantiga, ária, modinha. 5 Estat O valor mais frequente numa série de observações. 6 Sociol Variações contínuas de pouca duração que ocorrem na forma de certos elementos culturais (indumentária, habitação, fala, recreação etc.). sf pl Artigos de vestuário para senhoras e crianças. Antôn: antimoda.


Como eu expliquei anteriormente o que é Macrotendência, agora vamos a segunda parte, a tendência :)

As tendências são resultados de análises, estudos e pesquisas realizados a partir de das macrotendências, ou seja, de fenômenos e acontecimentos mundiais.

Se referindo ao mundo da moda, é a segunda parte do processo para entender os aspectos mundiais, e transformá-los em indumentária, levá-los as passarelas, vitrines e ruas.

Ela serve como sinal que aponta o futuro, os próximos acontecimentos para um determinado espaço de tempo, sendo ele curto, médio ou longo, que interferirá direta ou indiretamente no estilo de vida, consumo e comportamento da sociedade, e claro, em diversos setores econômicos.

Fazendo uma referencia específica ao mundo da moda, quando as tendências são lançadas, os estilistas, designs, diretores criativos, mídia, … apostam nas que eles mais acreditam, ou que possam fazer parte da imagem de marca de cada um.

Grande influenciadora das tendências de moda, que não poderíamos deixar de citar, é a indústria têxtil, que pasmem (para quem não sabe), elas influenciam MUITO nas coleções de TODAS as marcas....grandes, pequenas, gigantes...

A partir das pesquisas de macrotendências, tendências e matéria prima, elas criam os tecidos, decidem as cores, estampas, texturas, estilos, etc, apresentam nas feiras têxteis mundo a fora, que são frequentadas pelos estilistas, designers, diretores criativos e cia. Nelas eles escolhem os tecidos, e “Voilà” as tendências estão a um ponto de virarem moda.

Mas calma, nem todas as tendências viram moda, pois após a "peneirada" da indústria têxtil, estilistas e cia, vem a vez dos formadores de opinião, sendo eles pessoas da mídia, blogueiras, jornalistas, escritores, …. que as levam ao público, que decide se aquilo vai virar moda, ou não.

Ou seja, a moda é aquilo que as pessoas já estão usando, já está nas ruas, vitrines, guarda-roupas. Quando nasce uma moda, morre uma tendência.

Deu para entender??? Qualquer dúvida, só perguntar!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Macrotendências


Hey people;

Aqui no Rio de Janeiro está uma chuva desde de madrugada, e embora eu tenha que organizar um milhão de coisas para uma produção amanhã (nem me apresentei; sou produtora de moda) achei digno da minha pessoa fazer um café fresquinho e escrever.

Com todas essas semanas de moda acabando, pensei em escrever sobre as tendências de inverno que estão golpeando as nossas portas, mas então, achei melhor antes de tudo, escrever sobre as macrotendências, até que achei ainda mais digno eu explicar a diferença entre Macrotendência, tendência e moda! Assim, quem ainda não sabe, aprende (eu farei o possível para ensinar hehehe) e nas próximas já sabem analisar e entender melhor do que eu e o mundo estamos falando.

Vamos lá;

A primeira a “acontecer” seria a Macrotêndencia”, que está muito além do modismo, da saia, calça, blusa, vestido,... Ela é formada a partir de sinais do mundo, mais além de primavera – verão ou outono – inverno.

Política e economia são seus principais indicadores, eles revelam o comportamento da sociedade em um futuro próximo. É o olhar externo do mundo, sem influencia de gostos, estilos, sentimentalismos ou nacionalismos. Não se baseia em um entorno específico, cidade, bairro, país, e sim no mundo.

Uma das principais agencia de pesquisa de tendência, e que eu particularmente sigo, é a WGSN, considerada o maior portal de conteúdo para pesquisa online sobre tendências e notícias sendo elas de moda, estilo e comportamento. Trabalhando desde as primeiras aparições das tendências até o momento em que se transformou em produto.

Embora seja a menos conhecida entre os leigos, as macrotendências são sem sombra de dúvidas a mais importante para a indústria criativa.

domingo, 13 de abril de 2014

Personalidades da Moda: Anna Wintour

Anna Wintour - Editora da Revista Vogue Americana

Anna Wintour de pai inglês e mãe norte-americana, nasceu no dia 3 de novembro de 1949 em Londres – Inglaterra, e ocupa o posto de editora da Vogue americana desde 1988.

“Acredito que meu pai foi quem decidiu que eu deveria trabalhar com moda. Não me lembro  que formulário devia preencher, talvez tenha sido uma espécie de admissão. A baixo dizia “objetivos profissionais” e quando vi disse: “O que faço? O qe escrevo?” E ele disse: “Bom, escreve que quer ser editora da Vogue, claro” Assim foi, assim foi decidido.”

Na sua adolescência, começou a se interessar por moda, e aconselhava seu pai, que era editor do jornal Evening Standad nas publicações para atrair o público jovem britânico em meados dos anos 60.

Iniciou sua carreira de jornalista na revista Home & Garden, e logo em seguida foi para a Vogue britânica que a levou para sua edição principal na Vogue americana em Nova York.

“Eu lia a Vogue britânica quando tinha 14, 15 anos. Minha avó americana costumava me enviar a revista Seventeen. Era um momento muito importante todos os meses na minha juventude.”

É conhecida dentro da indústria editorial, principalmente no âmbito da moda, pelo seu sucesso, principalmente em mudar uma revista e em seguida toda a estrutura editorial desde meio. Foi ela quem começou a colocar celebridades nas revistas de moda, o que hoje é feito por todas revistas mundo a fora.

“Anna viu o potencial das celebridades para isso muito antes dos outros. E mesmo que eu odiasse, devo adimitir que tinha razão. Você não pode ficar para trás, deve seguir em frente. Ela fez assim, e a revista tem muito exito graças a isso.” Grace Coddington – diretora criativa da revista Vogue americana.

Hoje é conhecida pelo apelido “Papa da moda”, devido ao seu ótimo olhar para as tendencias da moda, e seu papel que decide o que vai estar na moda em todo mundo, além de apoiar jovens estilistas, como Thakoon Panichgul.

Outro apelido que a editora leva, é de “Nuclear Wintour” devido a sua fria personalidade, e sua maneira de tratar as pessoas.

“Acredito que, em geral, vejo que as pessoas temem a moda, e que, devido a que isso as assustam, ou as fazem sentir inseguras, a rejeitam” diz Anna Wintour

Anna é quem, praticamente, decide o que todos vão vestir, o que casa estilista mostrará em seu desfile, a nova tendencia. O mundo da moda a respeita, escuta e teme.

Sentada sempre na primeira fileira dos desfiles mais importantes, está sempre de óculos escuros, mesmo que em lugares fechados.

O livro “O Diabo Veste Prada”, foi escrito por uma de suas ex assistentes, Lauren Weisberger, que se inspirou na vida real da editora. O livro virou filme com o mesmo nome e o papel da temida editora foi protagonizado por Meryl Streep.

“A moda não se trata de olhar para trás. Se trata de sempre olhar para frente.” Anna Wintour

sábado, 12 de abril de 2014

Fotógrafos de Moda: Peter Lindbergh

Peter Lindbergh

Fotógrafo de moda e cineastra alemão que nasceu no dia 23 de novembro de 1944 na cidade de Leszno e cresceu em Duisburg, aonde pós se formar no ensino fundamental começou a trabalhar como vitrinista nas lojas de departamento Karstadt and Horten.

Aos 18 anos ele começa sua caminhada de dois anos e se muda para a cidade de Lucerna na Suiça, após oito meses se muda para a cidade de Berlim aonde frequentou cursos da Academy of Arts (Academia de Artes), depois se muda para Arles, cidade só seu ídolo Vincent van Gogh aonde fica mais alguns e meses e depois segue para a Espanha, em seguida Marrocos e volta para a Alemanha.

De volta ao seu país, se muda para a cidade de Krefeld aonde estuda pintura na Faculdade de Artes, e no ano de 1969, enquanto estudava ele expõe pela primeira vez os seus trabalhos na Galeria Denise René-Hans Mayer.

No ano de 1971, após trabalhar com arte conceitual, ele começa a perder o interesse pela pintura e é neste momento que começa a se interessas pela fotografia, e consegue seu primeiro trabalho como
assistente do fotógrafo Hans Lux sediado na agência Düsseldorf.

Se muda para París no ano de 1978 para trabalhar como fotógrafo de moda e consegue o seu primeiro trabalho como fotógrafo internacional para a revista Vogue fotografando primeiramente para a edição Italiana, depois a Inglesa, Francesa, Alemã e por último para a Americana o que lhe rendeu trabalho para o The New Yorker, Vanity Fair, Allure e Rolling Stone.

Nesta época ele fotografou muitas tops models como Christy Turlington, Naomi Campbell, Linda Evangelista, Cindy Crawford, Stephanie Seymour, Isabella Rossellini, Nastassja Kinski e Tatjana Patitz, além de fotografar campanhas publicitárias para Karl Lagerfeld, Daryl Hannah, Giorgio Armani entre outras, como por exemplo para o perfume da cantora Mariah Carey.

O estilo do seu trabalho, tem como em sua maioria fotos em preto e branco com uma linguagem pictórica que lembra cenas do início do cinema na Alemanha, e do cenário artístico de Berlim nos anos 20, e o torna desde o princípio dos anos 80 um dos intérpretes da moda internacional mais comentado e discutido.

 Quando Anna Wintour começa a trabalhar como editora da revista Vogue americana no ano de 1988, e contrata Lindbergh como fotógrafo. Neste momento ele fotografa a primeira capa da revista em novembro do mesmo ano tendo Wintour como editora, o que é considerado uma revolução na revista.
No ano de 1992, ele assina contrato com a Harpers Bazaar americana, que na época tinha Liz Tilberis como editora.

Lança seu primeiro livro no ano de 1996 chamado “10 Woman by Peter Lindbergh” (10 Mulheres por Peter Lindbergh), que é composto por fotos em preto e branco das 10 modelos contemporâneas mais importante da época. Até o ano de 2008, seu livro vendeu mais de 100,000 cópias.

Fotografou 2 vezes par ao calendário Pirelli, diversas modelos e celebridades como Linda Evangelista, Naomi Campbell, Tatjana Patitz, Cindy Crawford, Christy Turlington, Catherine Deneuve, Mick Jagger, Charlotte Rampling, Nastassja Kinski, Tina Turner, John Travolta, Madonna, Sharon Stone, John Malkovich, entre muitos outros.
É considerado um dos fotógrafos de moda mais importante do mundo, aonde seu trabalhos são em sua maioria em preto e branco, e prefere que as modelos que posam para ele, tenham uma maquiagem mais minimalista e um penteado simples.

Foi nomeado como Melhor Fotógrafo no “International Fashion Awards” (Prêmio Internacional de Moda) em Paris, no ano de 1995 se tornou Membro Honorário da Clube de Diretores de Arte Alemão, em 1996 ele recebeu o prêmio da fundação Raymond Loewy e em 2005 ganhou o pêmio Lucie de excelência em fotografia de moda.

Como cineasta trabalhou em diversos filmes, entre eles um documento chamado “Models – The Film” - 1991, “Inner Voices” - 1999 que ganhou o prêmio de melhor documentário no festival internacional de cinema de Toronto no ano 2000, “Everywhere at Once” apresentado em Cannes no ano de 2007, entre outros.

Hoje, Lindbergh mora com a sua mulher Astrid e seus filhos Banjamin, Jeremy e Simon em Paris.

É conhecido por “criar” o fenômeno das top models dos anos 90.

Supermodels

Naomi Campbell, Linda Evangelista, Tatjana Patitz, Christy Turlington e Cindy Crawford em 1990 Por: Peter Lindbergh






















Vogue China

Edita Vilkeviciute posando para a Vogue China, edição novembro 2011. Foto: Peter Lindbergh

Supermodels

Naomi Campbell, Linda Evangelista, Tatjana Patitz, Christy Turlington e Cindy Crawford em 1990 Por: Peter Lindbergh
Kate Moss para a campanha de David Yurman da coleção Timepiece, 2010 Foto: Peter Lindbergh

Capa Vogue Italia

Modelo Bianca Balti posa para a capa da revista Vogue Itália edição de março de 2013. Foto: Peter Lindbergh

Movimento Artístico: Cubismo

Les demoiselles d'Avignon, 1907 -Picasso

Cubismo é um dos movimentos artísticos mais importante, pois é ele que faz com que ocorra um rompimento na história da arte.

Este movimento artístico surge na França, no século XX por volta de 1907 nas artes plásticas, tendo como seus principais fundadores Pablo Picasso e Georges Barque, e depois, devido a influencia de escritores como Guillaume Apollinaire, John dos Passos e Vladimir Maiakovski, este mvimento se expandío para a área da literatura e poesia.

 Les demoiselles d'Avignon, pintado em 1907 por Pablo Picasso, é conhecido como o marco inicial do Cubismo, aonde também se pode notar o impacto da arte africana sobre Picasso e sua importância para o movimento, que esta evidenciada nos rostos das mulheres, que são pintados como máscaras africanas. Sua estética geométrica e visual delimitou contornos quanto o futuro do Cubismo.

A ideia de romper com a perspectiva, vem do artista Cezanne, que acreditava que havia que geometrizar a estrutura artística, aonde o fundo teria a mesma importância que a imagem do primeiro plano. Pensava que havia que estruturar todo o plano do quadro, que toda a imagem tinha a mesma importância, como um espelho quebrado.

Para Cezanne, a pintura deveria tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros. Entretanto os cubistas foram mais longe, passando a representar os objetos com todas suas partes em um mesmo plano, como se eles estivessem abertos e apresentassem todos seus lados emum plano frontal em relação ao espectador. A atitude de descompor os objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas.

O pintor cubista busca representar os objetos em três dimensões em uma superfície plana, com fomas geométricas aonde predomina as linhas retas. Não representa, mas sugere pela imagem, a estrutura dos corpos ou objetos. As representam como se movessem em torno deles, olhando desde todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes.

Este movimento passou por 3 fases. A primeira foi a fase Cezannista ou Cezaniana, que é o princípio, e aconteceu entre 1907 e 1909, a segunda fase é conhecida como Analítica ou Hermética de 1909 há 1912 e o Cubismo Sintético, 1911.

A fase Analítica ou Hermética, foi caracterizada pela desconstrução da obra em todos os seus elementos, desconstruindo a obra em diversas partes, onde o artista regista todos seus elementos em planos sucessivos e superpostos, buscando a visão total da figura, examinando todos seus ângulos em um mesmo olhar.

Desconstruíam totalmente a imagem e a misturavam com o fundo, de uma maneira que a fragmentação dos seres foi tanta, que se converteu impossível o reconhecimento de qualquer figura nas pinturas cubistas.

O Cubismo Sintético foi uma reação a excessiva fragmentação dos objetos e a desconstrução da sua estrutura. Esta tendencia buscava tornar as figuras novamente reconhecidas.

Esta fase do Cubismo, também era chamado de “Colagem” devido a técnica de introduzir letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal, até objetos inteiros nas pinturas.

O Cubismo Analítico começa como a maioria dos outros movimentos artísticos, em telas grandes e pintadas com tinta óleo. Assim que os vanguardistas passaram a criticar esta maneira de criar, já que buscavam algo mais moderno, o que surge com o Cubismo Sintético.

Esta inovação pode ser explicada pela intenção dos artistas em criar efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das sensações visuais que sugere a pintura, despertando também no observador sensações táticas.

Como características principais, este movimento trabalhava com a geometrização das formas e volumes, renunciava a perspectiva, o claro-escuro perde a sua função, ra epresentação do volume passa a ser colorida sobre superfícies planas, usando cores austeras e fechadas, este movimento cria a sensação de pinturas escultóricas.

Por diversas vezes, este movimento artístico serviu de inspiração para a moda, tanto em formas, texturas e estampas.

Alguns trabalhos bem bacanas criados em cima do cubismos, é por exemplo o do fotógrafo espanhol Eugenio Recuenco, um dos mais importantes da atualidade (que mais tarde falaremos sobre ele). O fotógrafo deu vida ao Cubismo, em uma exposição de moda e arte que aconteceu na cidade de Paris em 2013, criando uma série de fotografias de moda inspiradas em diversos quadros cubistas do pintor Pablo Picasso.

Tanto na escolha do figurino, maquiagem, cabelo e luz a arte de Picasso se junta a de Recuenco.


Imagens de Eugenio Recuenco

 Outro trabalho muito interessante, que utilizou desde movimento, misturando arte, moda e fotografía, foi o projeto do fotógrafo e designer gráfico suiço-italiano ChristianTagliavini.

Em 2008, ele utiliza de manipulação digital e “indumentária” de papelão para criar a série “Dame di Carbone” - Mulheres de Papelão, aonde retrata mulheres desde o século XVII ao XX passando pelo movimento Cubista.

Christian Tagliavin



sexta-feira, 11 de abril de 2014

História da Moda: Pré-História

“Abriram-se os olhos de ambos; e percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira, e fizeram cintas para si.”
Gênesis, Capítulo 3, Versículo 7

“E fez o Senhor Deus a Adão e sua mulher túnicas de pele e os vestiu”
Gênesis, Capítulo 3, Versículo 21

Independente de crenças e religiões, segundo o livro mais vendido de todos os tempos, com mais de 6 bilhões de cópias vendidas em todo o mundo, a Bíblia Sagrada, que trata-se de um documento originalmente compilado para Igreja Católica para orientação de suas doutrinas, narra a sequência evolutiva da vestimenta perfeitamente, primeiro as folhas e vegetais e, posteriormente, as peles de animal.

Outras interpretações dizem que o homem começou a cobrir o seu corpo pelo caráter de adorno e expressão, como também de proteção.

Quando o homem pré-histórico sente a necessidade de se impor entre os demais, demonstrar bravura, ou mesmo pelo caráter de magia, ele começa a adornar-se com dentes dos animais ferozes que caçavam, além de poder comer a carne e usar a pele, que eram normalmente de urso ou rena e as prendiam ao corpo com garras ou nervos dos animais, para fazer sarongues e tangas, além de relacionar alguns dos seus objetos de uso a poderes fora dos normais em seus rituais e crenças.

Outra teoria é que ao reparar que entre os animais, o macho destacava-se da fêmea pela sua beleza, o homem teve a ideia de remediar as suas imperfeições embelezando-se com adornos, como colares de pedras coloridas ou enfeites de chifre polido espetados nas orelhas e no nariz.

Em relação ao aspecto de proteção, o homem começou a cobrir o seu corpo por questão de sobrevivência com relação às intempéries da natureza e agressões externas, principalmente o frio. Com a pele dos animais, o homem encontrou uma maneira de se abrigar além de se proteger nas grutas e cavernas, aonde até hoje se encontram seus registros iconográficos.

Como tanto as peles de animais como as folhas são materiais biológicos e se deterioraram com o tempo, os registros iconográficos são os que chegaram até nossos dias para contar a nossa história.

 Nesta época, a pele utilizada pelo homem, a princípio passava por um processo de mastigação, para serem amaciadas, posteriormente o homem começou a passar óleos ou gorduras animais em busca de uma certa impermeabilidade e maciez que também fazia com que a peça tivesse uma maior durabilidade.


Lucas Cranach, Adão e Eva, 1526, óleo sobre madeira, Londres  

Apresentação

Há muito tempo penso em criar este blog, não para ser mais um blog de moda, mas sim um espaço para trocar informações a respeito de moda, tendência e comportamento, afinal, moda não é apenas aquilo que vestimos porque esta na “moda”.

Tudo tem um porque. Afinal, o quê é moda???

Engana-se quem pré-julga a moda, devido a seu caráter efêmero, e a associa com algo superficial que se relaciona única e exclusivamente a aparência e a bens de consumo.

A palavra “moda” vem do latim “modus”, que significa modo, maneira, costume. Não tem relação apenas com roupas, mas sim com aspectos psicológicos e sociológicos. Se algo está na moda hoje, certamente tem um porque, que envolve história, comportamento, economia, cultura, política, … Ninguém acordou e decidiu que criaria uma calça jeans, porque seria essencial no guarda-roupas de pelo menos 90% da população ocidental do globo.

E é desta maneira que pretendo criar meu blog. Tendências e desfiles também estarão aqui, mas história da moda, arte, fotografia, cinema, modelos, comportamento, … também! Tudo que nos ajude a entender e reflexionar.

Todos são mais que bem-vindos a comentar, questionar, colocar seu ponto de vista sendo ele a favor dos meus textos ou contra, pois minha intenção é abrir um espaço do qual eu sinto falta, aonde a saia de poá evasê da passarela do estilista top, não seja só linda, maravilhosa, um luxo! Mas sim que nós entendemos o porquê ela está lá.

Não podemos esquecer também, que moda e tendência, são coisas distintas, ao qual gerarei um post explicando futuramente, quem dita a moda não são sempre os tops designs, e sim na maioria das vezes, a indústria têxtil, entre outros detalhes que nem sempre são ditos.

Então, sintam-se a vontade para participar e me ajudar a criar este espaço para discutirmos e trocarmos informação a respeito de moda e cultura!!!!


Beijos e novamente... BEM-VINDOS!!!!

Marina Palmero Butolo



Foto: Marina Palmero Butolo